E preciso aprender a viver só, ser só, estar só...ser sozinho na multidão de si mesmo. Não precisar de mais nada, de mais ninguém... a si mesmo “se” bastar.
É preciso que a auto-estima e que a auto-suficiencia seja sempre um caminho a seguir...o melhor de todos...sem atalhos, trilhas desconhecidas, rotas secretas... conhecer intimamente o caminho ...trilhar sem medo e se amar.
É tempo de recolhimento...de reciclagem dos sentimentos! Chega de paixões derradeiras, emoçoes passageiras, não sou metade.... não preciso de ninguém pra me sentir inteira.
...Erikah Azzevedo...
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Um dia sou multidão, no outro sou solidão.
Não quero ser multidão todo dia.
Num dia experimento o frescor da amizade,
no outro a febre que me faz querer ser só.
Eu sou assim. Sem culpas.
Pe. Fábio de Melo
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"Eu preciso aprender a ser só".
Reagir e ouvir o coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser."
Gilberto Gil
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Não me prendo a nada que me defina. sou companhia, mas posso ser solidão. tranqüilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer… Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca.
Clarice Lispector.
Por muitos anos, tive lições de aprender a ser a minha própria companhia e companheira... E quando se aprende, torna-se mais livre.
ResponderExcluirTornei-me a amar-me mais assim...
Um beijo.
"Se a chama chega,
E ninguém chega à chama
De que vale arder?
Se o barco parte sem velas,
De que serve a maré?
Não se mostra o trajecto
A quem parte para se perder
Não se dá boleia
A quem precisa de ir a pé
E é como quando pensas que estás a chegar
E não deste um passo
Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fênix a arder"
(Boca do Mundo)
Erika
ResponderExcluirEste post trouxe-me à cabeça e à lembrança este fado...
Rosa Enjeitada
Sou essa rosa, caprichosa, sem ser má
Flor de alma pura e de ternura ao Deus dará
Que viu um dia, que sentia um grande amor
E de paixão o coração estalar de dor
Rosa enjeitada
Sem mãe sem pão sem ter nada
Que vida triste e chorada
O teu destino te deu
Rosa enjeitada
Rosa humilde e perfumada
Afinal desventurada quem és tu?
Rosa enjeitada
Uma mulher que sofreu
Tão pobrezinha que ainda tinha uma afeição
Alguém que amava e que sonhava uma ilusão
Mas esse alguém por outro bem se apaixonou
E assim fiquei sem ele que amei e me enjeitou
José Galhardo e Raul Ferrão
http://www.youtube.com/watch?v=hP2G35p3Fxo
Arrumei os amores, é a primeira regra da vida – saber arquivá-los, entendê-los, contá-los, esquecê-los. Mas ninguém nos diz como se sobrevive ao murchar de um sentimento que não murcha. A amizade só se perde por traição – como a pátria. Num campo de batalha, num terreno de operações. Não há explicações para o desaparecimento do desejo, última e única lição do mais extraordinário amor. Mas quando o amor nasce protegido da erosão do corpo, apenas perfume, contorno, coreografado em redor dos arco-íris dessa animada esperança a que chamamos alma – porque se esfuma? Como é que, de um dia para o outro, a tua voz deixou de me procurar, e eu deixei que a minha vida dispensasse o espelho da tua?
Inês Pedrosa
Beijo querida Erika
solidão que tanto temem
ResponderExcluirque tanto ignoram o bem que faz
sozinha não minto, não finjo
não causo nenhum escarcéu
sozinha não maltrato, não disfarço
não há pesquisa que me sonde
sozinha não retruco, não provoco
não deixo ninguém sem resposta
sozinha não julgo nem condeno
não trato ninguém como réu
sozinha não grito, não rogo praga
não renego meu deleite
sozinha não trapaceio, não peco
não falto nem chego atrasada
sozinha não sumo, não volto
não tenho presença notada
sozinha eu sou quem eu posso
sozinha eu faço o que quero
sozinha não há céu que me rejeite
- Martha Medeiros in “Poesia Reunida”
Miguel, passaro mais lindo!
ResponderExcluirtenho lido a ines , e estou virando fã incondicional dela, li fazes-me falta, e reli mais umas 3 ou 4 vezes , todos os dias leio um pouco do q já foi lido...impressiona-me a intensidade dela, ela reune em palavras muito da intensidade q procuro dar a minha vida.
Obrigada por aqui trazeres , pea tua mao, a Inês pra mim assim.
Bjos
Erika
Sei que vais reconhecer o poema...
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=XV_iXZFPBCk&feature=player_embedded
Beijos.
Quando você se sentir sozinho, pegue o seu lápis e escreva. No degrau de uma escada, à beira de uma janela, no chão do seu quarto. Escreva no ar, com o dedo na água, na parede que separa o olhar vazio do outro. Recolha a lágrima a tempo, antes que ela atravesse o sorriso e vá pingar pelo queixo. E quando a ponta dos dedos estiverem úmidas, pegue as palavras que lhe fizeram companhia e comece a lavar o escuro da noite, tanto, tanto, tanto... até que amanheça.
ResponderExcluir.
Rita Apoena