Oh! Bendito o que semeia
Livros ... livros à mão cheia ...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É gérmen – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar.
Castro Alves
Se cada livro é fruto,
semeado e colhido no tempo certo.
e ler é um sementear-se profundo.
Rega-te bem dentro
Deixa florecer!
...Erikah Azzevedo...
Com palavras me ergo em cada dia!
Com palavras lavo, nas manhãs, o rosto
e saio para a rua.
Com palavras - inaudíveis - grito
para rasgar os risos que nos cercam.
Ah!, de palavras estamos todos cheios.
Possuímos arquivos, sabemo-los de cor
em quatro ou cinco línguas.
Tomamo-las à noite em comprimidos
para dormir o cansaço.
As palavras embrulham-se na língua.
As mais puras transformam-se, violáceas,
roxas de silêncio. De que servem
asfixiadas em saliva, prisioneiras?
Possuímos, das palavras, as mais belas;
as que seivam o amor, a liberdade...
Engulo-as perguntando-me se um dia
as poderei navegar; se alguma vez
dilatarei o pulmão que as encerra.
Atravessa-nos um rio de palavras:
com elas eu me deito, me levanto,
e faltam-me as palavras para contar...
Egito Gonçalves
deixa florescer.
ResponderExcluirp.s: fique a vontade, moça.
beijo!
Maravilhosa ode a estes deuses de asas cheias de voos em versos / prosa!
ResponderExcluirComeças com um velho amante por quem nutro um caso eterno: meu poeta condoreiro Castro Alves.
Lindo, este moço... de todos os modos.
E teu poema-pomo-e-polpa, numa analogia ao absorver sementes de palavras para florir, foi perfeita!
Beijo soletrado, Erikah!
É isso Erika, deixar florescer no dentro mais dentro de nós...
ResponderExcluirCris (precisotantoparoveitarvoce.zip.net)
Erikah,
ResponderExcluirVim pelo blog da Nydia, achei o verbo sementear e gostei. Trarei meus grãos.
Lindo o blog,
Pedro Ramúcio.