Porque da face de alguém se tira um sol com a língua ,
ou com o roçar de um dedo macio ...
ou com um leve ranger de dentes.
(Julya Vasconcelos)
Em 2010, ela pensava , sonhava com muitas coisas mas tinha uma única meta...fazer-se sol por dentro.
Por que ela sabia o quanto era importante o aquecer vir de si mesma , e o iluminar vir do fundo, no se permitir ser faísca, brasa, fogueira...consumir a vida de todas as maneiras, renascer, transmutar... queimar-se inteira,...porque no fundo, no fundo sabia que era preciso viver de intensidades... e que só vive bem quem se deixa arder de vida, quem se faz chama sem medo de virar cinzas...
E se um dia a vida que nela existia insistisse em morrer, “morreria” de tanto insistir (sem conseguir).
Em todos os anos tinha o destino de fênix...ela sabia! Seria mais um ano assim...
Era sempre tempo de renascer...
...Erikah Azzevedo...
Se é pra aquecer que eu me faça sempre fogo. Se é pra amanhecer, que me permita ser sempre verão…se é pra recomeçar que eu me sinta sempre dia, se é pra iluminar que eu me veja sempre sol....e se eu me estilhaçar que possam me transformar em estrelas porque se é pra viver que seja sempre de explosões e se for pra arder que seja sempre de vida.
...Erikah Azzevedo...
Existe pois o martírio - tensão, febre, da continuidade da vida
- firmamento em perpétuo movimento e brilho total.
Nunca se viram estrelas empalidecer ou
c
a
i
r
Nunca adormecem.
Anais Nin
UM HINO À VIDA.. À INTENSIDADE QUE NELA ESBOÇAMOS O PRAZER DA RESPIRAçÃO OFEGANTE.. A ARTE DE EM PALAVRAS FAZER SENTIR O PULSAR E A VIBRAÇÂO DE CADA MOMENTO.
ResponderExcluirNUM ESPELHO DE SENTIRES
ABRAÇO A VIDA
Na fogueira do que faço
ResponderExcluirpor amor me queimo inteiro.
Mas simultâneo renasço
para ser barro do sonho
e artesão do que serei.
Do tempo que me devora
me nasce a fome de ser.
Minha força vem da frágil
flor ferida que se entreabre
resgatada pelo orvalho
da vida que já vivi.
[Thiago de Mello]
Para quem tem o sol da vida sob a pele, a intensidade dos raios a arder nas palavras sempre acesas, a minha reverência.
Que 2010 seja flâmula, fagulha, filete de brasa a brilhar neste espaço!
E como iniciaste o post com um poema que adoro, desta pernambucana incrível que é a Julya Vasconcelos [se puderes, lê o livro "Agudo como mordida"], encerro com outro poema que é fogo encantado no meu sertão:
O Sol do Terrível
Mas eu enfrentarei o Sol divino,
o Olhar sagrado em que a Pantera arde.
Saberei porque a teia do Destino
não houve quem cortasse ou desatasse.
Não serei orgulhoso nem covarde,
que o sangue se rebela ao toque e ao Sino.
Verei feita em topázio a luz da Tarde,
pedra do Sono e cetro do Assassino.
Ela virá, Mulher, afiando as asas,
com os dentes de cristal, feitos de brasas,
e há de sagrar-me a vista o Gavião.
Mas sei, também, que só assim verei
a coroa da Chama e Deus, meu Rei,
assentado em seu trono do Sertão.
[Ariano Suassuna]
Beijos, e feliz ano novo, Erika !!!
Katy ,
ResponderExcluirTu complementaste meu post com esses dois poemas maravilhosos q aqui trouxeste...obrigada!
Esse teu 2010 amiga será o anod a sua vida..sei que sentes isso, q ele seja o mais feliz q já viveste até hj e q essa felicidade seja tamanha , q nem consiga caber no peito e q te acompanhe nos anos demais q seguirem, pq mereces mesmo toda a felicidade do mundo.
Estarei sempre aqui a torcer por ti.
Muitos beijos
Erikah
Oi, queridaa
ResponderExcluirQue lindo o que escreveu...
e mais lindo ainda é esse seu blog.
Beijos, linda.
erikah, brigada pela citação.
ResponderExcluirbeijo grande.
Ei menina já te acompanhava do escritoras suicidas, orgulhosa por te ver no meu canto.
ResponderExcluirUm beijo.