Numa mesma estrada...caminhares!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tocada…

 

“Desculpa, digo, mas se eu não tocar você agora vou perder toda a naturalidade,
não conseguirei dizer mais nada,
não tenho culpa,
estou apenas me sentindo sem controle,
não me entenda mal,
não me entenda bem,
é só esta vontade quase simples
de estender o braço para tocar você..."
[Caio F. Abreu]

Me toca, e por favor..... não sê breve, se conseguir parar o tempo o faça, ficarei inérte, segurando cada segundo "desertor" insistindo em correr.

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Tenho pessoas que me são virtuais e que me fazem sentir muito mais abraçada do que as que chamamos de real.

Tudo, ou quase tudo é relativo....a distancia, o real, o virtual...o sentimento é que não... ou se sente ou não se sente, sem sentir não faz sentido, é ele que abraça, que beija , que toca...não o corpo..o corpo é apenas ponte. seguimento que se segue, um depois, um a partir...extensão.

As palavras têm mãos que tocam e se permitem tocar e trazem dentro delas um olhar cheio de brilho - têm um jeito de olhar próprio- Um olhar além dos sentidos cognitivos todos... que vibra, que sente e que toca.

Conjugar o verbo tocar no verbo sentir, definitivamente, comigo tem sido assim!

Olhando-me ou não, tocando-me ou não, quando sinto, o outro fica retido em mim.

Sentir pra depois reter eis o limite da minha profundidade.

Só o que se sente é que nos fica de permanente, em continuidade, reciprocidade. Concreto ou abstrato, seja qual for essa a forma de se sentir... Definitivamente, comigo tem sido assim!

…Erikah Azzevedo…

imagePor não ser ao vivo, perde o caráter afetivo? Nem se discute que o encontro é sagrado. Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios. Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela. Quando mando flores, vou junto com o cartão. Já visitei um pequeno lugarejo só para sentir o impacto que uma pessoa querida havia sentido, anos antes. Também é estar junto.
Sendo assim, bilhetes, e-mails, livros e quindins na portaria não é distância: é só um outro tipo de abraço."

Martha Medeiros

Um comentário:

  1. Por isso temos um campo magnético, que esbarra e vai além da pele, e pelo qual sentimos as "energias" das pessoas por atração... "as palavras têm mãos que tocam"... perfeito! São os dedos das palavras que nos escrevem sobre o que diz um olhar, uma expressão...

    E é sempre mágico quando os curtos circuitos reciprocircundam uma epifania.

    Beijão, Erika.

    (Não vás dar choque!)

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