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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Lunar

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Entre o azul e o negro , dança-me um céu de segredos. Tansponho a lua pra dentro de mim mesma....seus mistérios e ciclos, sua relação com o mar...os amantes...a feminilidade na  essência do amar
A noite converso com a lua, ela segreda-me coisas de mim mesma que antes nem sabia...é conselheira, amiga, jamais me recrimina....entende da minha alma feminina .
Sempre quis ser noite, ela sabe...me ver cheia, nova, crescente .... até minguar só pra ter que crescer novamente. Ela , a lua, é vaidosa, gosta que a tenham como espelho, ser admirada é uma forma dela não se sentir sozinha...ela sabe que.na admiração pode morar também o amor. Ela que tanto nos ama e lá de longe se faz todas as noites presente, agora amada tb se sente.... e por mim! Sempre quis ser noite....e ela sabe
Ter olhos de luar..reluzir pupilas , cintilar estrelas...seduzir, encantar. Sempre quis ser noite...e ela sabe! Tenho uma alma lunar.

...Erikah Azzevedo...

lnegro

Não quero mais falar de lua, não; não há sentido, tudo tão batido e tão igual. Mesmo se redonda excepcional em noite fria, quero não. Mas há algo na palavra lua que é tão lindo. Lu-a. Delícia de dizer, lu-a. A língua passeia, gruda no céu. Inevitável repetir lu-a. Lu-a. Feito um caramelo na boca. E se eu chamar Sofia pra ver lua, haverá vento. Sofia venta por dentro. A gente dis so-fi-a e o vento sai da boca. Palavras que ventam são raras. Ainda mais raras as que grudam no céu e são bonitas. Não quero mais falar de lua, não. Quero só ficar dizendo lu-a lu-a lu-a prolongando o u pra não desgrudar tão cedo. No Japão, a mesma lua é tsuki. Tsuki não gruda na boca. Dizer lua é um poema.

(Desconheço a autoria)



Um comentário:

  1. Fiquei aqui... perdida entre a ponta de uma estrela que despencou para ver a Lua... esta tua (face)ta que te faz SER quando chega a noite.

    Beijos.

    Katyuscia.

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